Egoísmo e Orgulho

Ide Editora
2 min readAug 23, 2021

(pelo Espírito Pascal)

“Os homens se amassem com um comum amor, a caridade seria melhor praticada, mas seria preciso, para isso, que vos esforçásseis em vos desembaraçar dessa couraça que cobre os corações, a fim de serdes mais sensíveis para com os corações que sofrem.

A rigidez mata os bons sentimentos; o Cristo não se aborrecia, e aquele que se dirigia a Ele, quem quer que fosse, não era repelido: a mulher adúltera, o criminoso, eram socorridos por ele; jamais temia que a sua própria consideração sofresse com isso. Quando, pois, O tomareis por modelo de todas as vossas ações? Se a caridade reinasse sobre a Terra, o mau não teria mais império; fugiria envergonhado; esconder-se-ia, porque se encontraria deslocado por toda a parte. Então, o mal desaparecerá da superfície da Terra; estejais bem compenetrados disto. Começai por dar o exemplo vós mesmos; sede caridosos para com todos, indistintamente; esforçai-vos por tomar o hábito de não mais notar aqueles que vos olham com desdém; crede sempre que merecem a vossa simpatia, e deixai a Deus o cuidado de toda justiça, porque cada dia, em seu reino, separa o bom grão do joio. O egoísmo é a negação da caridade: ora, sem a caridade, não haverá descanso na sociedade; digo mais, não haverá segurança; com o egoísmo e o orgulho, que se dão as mãos, a vida será sempre uma corrida em que vencerá o mais sagaz, uma luta de interesses, em que são pisoteadas as mais santas afeições, em que nem mesmos os laços sagrados da família serão respeitados.”

Sociedade Espírita de Sens, 1861, Outubro.

(Extraído do livro “Valiosos Textos da Revista Espírita (1858 a 1869)” | IDE Editora.)

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Em 1963, Francisco Cândido Xavier ofereceu a um grupo de voluntários, a tarefa de publicar um Anuário Espírita. Nascia, então, o Instituto de Difusão Espírita